segunda-feira, 28 de maio de 2012

"Santa Luzia do Paruá se prepara para colher mais uma safra de mel"

 Pela movimentação de caminhões transportando caixas de abelhas, e equipamentos usados na apicultura, são prenúncios de que a safra de mel já está chegando. Pelo que se observa na cidade, já se ver um bom número de apicultores que vem do visinho estado Piaui, que praticam a apicultura migratória, trazendo seus enxames para aproveitar a nossa rica e diversificada florada que já está começando. A capital maranhense do mel, Santa Luzia do Paruá, localizada no centro da região do Alto-Turí, noroeste do nosso estado, na Pre-Amazonia maranhense, é referencia na produção de mel de abelhas africanizadas. Os apicultores locais também já estão se movimentando. Nos próximos 20 dias começa a produção de mel. A apicultura no município, nos últimos anos, tornou-se uma das principais atividades econômica, que vem ganhando força, e que só perde para a agropecuária. O ano passado os municípios as margens da BR 316, que já é conhecido como o corredor do mel produziu em media 1.200 toneladas, movimentando cerca de quase R$ 4 milhões, melhorando muito os indicadores econômicos dos municípios de Nova Olinda do Maranhão, Sta. Luzia do Paruá, Maranhãozinho, Maracaçumé e Junco do Maranhão.  Hoje, um dos grandes problemas enfrentado pelos apicultores, é a falta de investimento e organização que envolve toda a cadeia produtiva local e logística. Para se ter uma idéia, toda essa produção é comprada por empresas do sul e do estado do Ceará, para onde é levada; onde passa por todo um processo de filtragem e embalagem em contêiner, e exportado para a Europa, através do Porto de Pecem em Fortaleza. Todo esse mel é documentado como produzido no estado do Piaui. O Maranhão não aparece na estatística de produção, mesmo tendo um dos maiores potenciais melíferos orgânicos do nordeste. O estado tem o porto do Itaqui um dos melhores do mundo, mas não tem infra-estrutura de processamento capaz de atender a demanda nos padrões de exportação do Ministério da Agricultura.  Enquanto isso, vai continuar aquela história: uma galinha bota o ovo e a outra sai cantando.

Por Chico da Voz