sábado, 19 de julho de 2014

Empate técnico entre Dilma e Aécio faz partidos mudarem estratégias



O empate técnico entre Dilma e Aécio em um eventual segundo turno tem efeito oposto: enquanto o PT admite rever estratégias, os tucanos acreditam ter encontrado o caminho para a vitória em outubro
Correio Braziliense
Atualização: 19/07/2014 09:56
Aécio Neves se encontrou ontem com dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro: tucano promete aprimorar o Mais Médicos ((Marcos Fernandes/PSDB))
Aécio Neves se encontrou ontem com dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro: tucano promete aprimorar o Mais Médicos
O indicativo de empate técnico entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da disputa à Presidência — 44% e 40%, respectivamente — promoverá uma revisão nas estratégias de campanha petista. A um mês do início das inserções eleitorais na televisão e com apenas 4% de vantagem sobre o tucano no hipotético embate, Dilma ainda amarga uma taxa de rejeição de 35%, a maior entre os presidenciáveis. Enquanto petistas tentam digerir os números, tucanos comemoram o resultado.

A petista Dilma Rousseff respondeu a questionamentos de internautas em uma rede social ((Facebook/Reprodução))
A petista Dilma Rousseff respondeu a questionamentos de internautas em uma rede social
 
“Segundo turno cada vez mais próximo. É hora de aprofundarmos a discussão das nossas propostas”, disse Aécio, que ontem deu a largada oficial à candidatura, em Queimados (RJ). Para o vice-presidente na chapa tucana, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o empate técnico tem duas causas: “É reflexo da rejeição ao PT, assim como do acúmulo de exposição dos candidatos de oposição, especialmente do Aécio”. Para Nunes, “não é necessária uma campanha muito agressiva, já que a constatação dos eleitores é que o governo não funciona direito”. “O fato de já merecer a confiança no segundo turno é um primeiro bom sinal pra gente”, comemorou um integrante da equipe do tucano. Na tentativa de amenizar o tom da campanha, o marqueteiro Paulo Vasconcelos reforçou as equipes de filmagem para ter ampla variedade de imagens externas do candidato.

Apesar da vantagem de Dilma, o professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Rui Tavares Maluf vê a campanha da petista quase no limite. “Dilma continua a favorita, mas está em um patamar próximo ao desconfortável. A taxa de rejeição indica pessoas que dificilmente serão sensíveis ao apelo da campanha”, analisou. “A questão está um pouco fora da tevê e do rádio e mais nos indicadores econômicos, que a população percebe no dia a dia, como a inflação.”

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