
Nos últimos quatro dias, cerca de 60 agentes da PF, da Funai e do Ibama atuaram na inutilização de, aproximadamente, 60 balsas que garimpavam ilegalmente nas TI Vale do Javari, TI Katuquina do Rio Biá e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Cujubim, no alto curso do Rio Jutaí.
Trata-se de uma das áreas de mais difícil acesso da Amazônia brasileira, o que levou a equipe a inutilizar os equipamentos de garimpagem e de apoio ao ilícito no próprio local, conforme a legislação vigente. A TI Vale do Javari é o território com a maior concentração de povos índígenas Isolados de todo o mundo, havendo nove Referências Confirmadas, além de três Referências em Investigação. A proteção territorial desenvolvida, por meio de operações de fiscalização federal, é essencial para a garantia da autonomia e da sobrevivência desses povos indígenas.
Foram cinco meses de planejamento e preparação logística que contaram com imagens de satélite recentes da região, dois aviões da Polícia Federal (um para logística e transporte de equipamentos e outro que voa em alta altitude para o reconhecimento da área) e quatro helicópteros (dois do Ibama e dois da PF) para as abordagens das balsas de garimpo e o transporte das equipes operacionais. As ações de flagrante e destruição dos equipamentos de garimpo foram realizadas pelos integrantes do Grupo Especial de Fiscalização (GEF) do Ibama, do Comando de Operações Táticas (COT) e Delegacia de Tabatinga, ambos da PF, e da Coordenação Geral de índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) da Funai.
O Ministério Público Federal em Tabatinga (AM) acompanha todo o processo auxiliando na articulação entre as instituições envolvidas na operação e expedindo recomendações aos órgãos competentes para inutilização dos equipamentos utilizados para o ilícito e nos procedimentos criminais posteriores.
(Informações da PF)
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