Governadora quer deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado, mas
precisa antes convencer Arnaldo Melo e outros deputados a apoiarem Luis
Fernando na eleição indireta da Assembleia.
O Senado é o caminho escolhido por
Roseana Sarney para as eleições de outubro, mas no meio dele, há uma
pedra: A
incerteza de que quando deixar o cargo, a Assembleia Legislativa indique
na eleição indireta, o nome do pré-candidato do Palácio dos Leões, para assumir
o posto de governador biônico e assim concorrer na disputa contra Flávio Dino
em outubro, com a visibilidade ampliada, podendo inclusive participar de
inaugurações e outros eventos oficiais do governo do Estado.
É com este dilema que Roseana e os
principais estrategistas do grupo Sarney devem brincar o carnaval de 2014. O plano de levar Luís Fernando ao governo do
Estado este ano, para que ele dispute as eleições comandando o Palácio dos
Leões estava indo bem e teve sua primeira etapa realizada sem problemas com a
renuncia do petista Washington Oliveira, agraciado com um cargo no Tribunal de
Contas.
Porém,
no meio do caminho por esses caprichos da política, ainda persiste um problema: Ter a garantia por parte dos deputados da base aliada e o
presidente da Assembleia Legislativa, que também alimenta o sonho de ser
governador, de que Luis Fernando será
eleito sem contratempos no parlamento
estadual para o posto de Roseana, quando ela renunciar.
O mistério em torno da
renuncia Roseana Sarney pode ser
explicado pela própria trajetória política do pai da governadora, e líder do
grupo que comanda o Estado há várias
décadas. O ex-presidente da República e atual senador José Sarney (PMDB) só
vestiu a camisa da chamada Aliança Democrática em 1984, quando teve certeza de
que a ditadura militar, da qual foi um dos maiores aliados, estava sepultada.
Então, com a garantia de que os militares estavam saindo de cena, ele trocou o PDS, partido de apoio ao regime
dos generais, pelo PMDB, legenda da oposição e de quebra ainda virou vice na
chapa de Tancredo Neves
No período que marcou o final do
governo FHC, quando se desenrolava o processo de disputa presidencial e mesmo
estando a frente das pesquisas, Lula não tinha ainda se consolidado como
candidato virtualmente vencedor do pleito, Sarney e seus aliados no Maranhão
ainda ensaiaram simpatia por outras candidaturas como a de Ciro Gomes e somente
deixaram de ser aliados do governo FHC e apoiadores do PT quando era irreversível
a vitória de Lula.
Todo este histórico de decisões
estratégicas, tomadas de forma pragmática pelo grupo Sarney, indica que Roseana não vai renunciar no “escuro”. Ela só fara isto, quando tiver a plena
certeza de que não há risco de comprometimento da escolha de Luis Fernando
Silva para o cargo de governador, na
eleição indireta que será realizada na Assembleia Legislativa.
Fonte: Maranhão da Gente
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