quarta-feira, 21 de março de 2018

Documento do MPGO está no inquérito da Operação Caifás, que resultou na prisão do bispo de Formosa e de padres

A autorização judicial para escutas telefônicas foi fundamental para que o Ministério Público de Goiás comprovasse a conduta do bispo de Formosa (GO), José Ronaldo Ribeiro, o vigário geral, outros quatro padres, dois empresários e um funcionário da Cúria local são suspeitos de desviarem dinheiro da igreja.

As prisões ocorreram nesta segunda (19/3), durante a Operação Caifás, coordenada pelo MPGO juntamente com a Polícia Civil do estado. A suspeita é de que eles tenham desviado mais de R$ 2 milhões da Diocese desde 2015, verba proveniente de batismos, casamentos, crismas, festividades religiosas, doações e dízimos dos fiéis.

O documento com um resumo das escutas tem 51 páginas e diversas conversas de investigados, além de colaboradores do MP que ajudaram nas investigações com depoimentos. Alguns sacerdotes envolveram parentes no esquema, que atuavam como laranjas. Os comentários também mencionam quem foram os padres chamados para depor. Em outras, religiosos comentam estratégias para abafar o caso.

Em uma das conversas, o Padre Mário Vieira de Brito, da paróquia São José Operário, fala que recebeu a visita do bispo, que foi pedir R$ 1,5 mil para ir a um retiro. De acordo com o promotor Douglas Chegury, o bispo, de fato, pedia uma parcela do dinheiro dos envolvidos para mantê-los nas paróquias.

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