quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Guerreiras da Floresta: coragem e luta das mulheres Guajajara

Há cinco anos um grupo de 32 mulheres atua na defesa da terra e na preservação da cultura na (terra indígena)TI Caru, no Maranhão.

“A mata, para nós, é como se fosse a nossa vida. Protegemos como a nossa mãe. Dependemos dela para manter nossas tradições culturais”. Usando um cocar que caracteriza a história viva de um povo que resiste há 518 anos de violações de direitos, Marcilene Guajajara faz essa afirmação. Ela é a atual coordenadora da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima). Marcilene fala com clareza sobre a importância da defesa da terra para os povos indígenas, como parte das Guerreiras da Floresta, um grupo de mulheres que atua em defesa do meio ambiente na aldeia Maçaranduba, na Terra Indígena (TI) Caru, no estado do Maranhão.
guajajarasTemos uma missão muito importante. Estamos mostrando a força da mulher dentro dos espaços de poder. E, juntas, podemos somar na luta, protegendo nosso território, mostrando que podemos ser protagonistas da nossa própria história”, ressalta a coordenadora Marcilene.
O trabalho da defesa territorial da Terra Indígena Caru, que possui 173 mil hectares  e está homologada desde 1982, é uma batalha que vem sendo enfrentada há anos pelos Guardiões da Floresta, um grupo de homens que há mais tempo vêm realizando a proteção e defesa do território indígena. No território vivem os povos Guajajara e Awá Guajá.
Para somar nessa luta, em 2014, surgiu o grupo das Guerreiras da Floresta, formado por 32 mulheres do povo Guajajara, que atua junto ao grupo dos guardiões, na defesa da terra e na preservação da sua cultura.guajajaras
Esse grupo de mulheres tem como objetivo fortalecer a luta em defesa da Mãe Terra, juntamente com os guardiões homens, combatendo a entrada de madeireiros, caçadores e “tiradores” de estaca, na defesa das terras e do rio Pindaré. Esse rio passa pela aldeia Maçaranduba e, também vem enfrentando todo tipo de ameaça que atinge a mata, considerada sagrada pelos povos que ali habitam.

Agencia Brasil

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